Tuesday, September 13, 2005

sonhos, tristeza e mudanças

Há algum tempo não escrevo - eu sei. Talvez enfim tenha melhorado das minhas neuras ( apesar de eu discordar completamente), e não esteja mais usando isso aqui como uma resposta psicossomática aos meus problemas... q já são tantos, q já nem sei quais são. Por outro lado acho q cansei de falar de mim, pra não dizer, CANSEI DE MIM. 24 hrs ininterruptas olhando, pensando, analisando essa coisa ("eu") q Sartre minimalistamente resumiu em " uma náusea" . E tb cansei de falar do mundo. Estava exausto, ponto! E nada, além disso, me convence. Talvez a preguiça inerente a essa raça humana ( braisillis sapiens principalmente)...

Ignorados os motivos ou falta deles por esse hiato q aqui se procedeu...

Continua...

Bem, acho q não é hora de tentar resumir o q gostaria de ter escrito durante esse tempo ou o q tenha pensado d mais relevante. A cada dia q passa, mais eu tenho a certeza q as coisas devem ser feitas, mudadas, expostas no momento q são criadas... seja o pensamento, a vontade, a raiva. E q nada além desse momento lhe seja concedido. (Tudo exatamente, milimetricamente e angustiantemente contrária a minha vida até hoje! É cômico..mas é trágico. Vou tentar mudar)

Mudanças q deveriam ter sido feitas na minha vida, novos rumos, novas experiências...tudo postergado perdeu a causa,e por consequência o sentido da conclusão. E acho q o pensamento não está mto longe desta análise.

Fim.

-Anacolutos

*Hoje sonhei com a época do colégio ... o corredor azul cheio de moleques, tênnis e gritos. O sinal já havia tocado, mas um professor ainda insistia em explicar a última matéria. Sozinho com seu jaleco branco. Na escada q liga as salas ao portão da escola, uma fauna eufórica e jovem se move em multidão -na ponta vejo uma amiga. No sonho não lembro quem era, era ao mesmo tempo tantas... ao mesmo tempo nenhuma - a única coisa q indetifiquei foi seu sorriso. Ela sorria abertamente e solta. Acho q era seu último dia de aula, como os outros q corriam. Lá fora cada pai esperava já com o seu carro aberto. Os livros, apostilas, cadernos estavam rasgados pelo chão. A euforia era tanta q já nem lembravam de se despedir daqueles q um dia foram" eternos amigos". Quando fui notar, eu já estava junto aos q corriam, lutando pra sair o mais depressa do portão. E quando finalmente fui cair na real, eu já estava em frente aos carros... sem saber em qual entrar.
Não sei se o meu pai, minha mãe ali estava, ou se estava, nem vi. Tinha a minha frente vários rostos conhecidos dentro dos seus carros e apenas um para eu entrar, apenas um para eu decidir.
Cada carro estava indo para um lugar, para uma viagem, um destino. A maioria dos meninos já estavam dentro dos carros, gritando para q aquele carro ligasse logo e sumisse.
E eu ali, perdido no meio daquela poeira humana, chorando para q o tempo parasse ou q alguem dissesse " entre neste aqui".
Sim, eu tinha certeza q poderia entrar em qualquer um, mas independe do carro, da escolha q fizesse, me atormentava saber q eu seria apenas um intruso.
O tempo não pára, e em meio aquele desespero q começava a entrar, o sorriso da menina aparece - "Vamos, venha logo com a gente". Estava finalizada aquela etapa, aquela angustia, FINALMENTE.
Prontamente entrei no carro. Encostado no canto via aquele belo sorriso soltar palavras irradiantes e esperançozas sobre o futuro, sobre os planos, enquanto eu via tudo em silêncio no canto.
O carro seguiu viagem, e ele, eu e os outros tantos se perderam na fumaça daquela disperção.
Nesse momento eu acordo, o sentimento de saudosismo me invade a garganta, por mais q eu tenha logo a certeza d q aquilo nunca existiu.
Aos poucos vou tentando recordar os fatos, a euforia, os tennis, os rostos do sonho - lembranças de algo inexistente, mas q eu posso sentir e chorar de saudade.
Enfim a fantasia vai se esvaziando aos poucos e no fim, sem mais amigos, sonhos ou certezas fica apenas a certeza d q eu ainda estou na angustia, em frente aos carros, tentando decidir.

* Sim eu sonhei isso hoje... e nada posso dizer mais q tal como o homem, o espaço e o mundo, a tristeza tb se transforma, ganha novas formas, percorre novos meios, aprende novas línguas com o único motivo - de ESTAR VIVA.

*Defintivamente não me conforta saber e ter total consciência do q deveria ter sido feito; mas SIM, me deprime entender com ignorância q o tempo disso já passou.

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