Thursday, July 21, 2005

Opiniões subjetivadas....

Sem ransos de romântico embreagado ou pieguisse de melancólico convicto ( pois ambos sei que sou) acredito que, como muitos outros também, felicidade é uma coisa para se sentir e tristeza pra se apreciar.

Felicidade estão em poucos momentos. Momentos em que nós libertamos da nossa densa e sufocante armadura de "ser" e agarramos ela entre os dedos, sentindo sua fina e fria brisa invadir o estômago... talvez nesses poucos momentos queremos outra coisa senão apenas senti-lá, prova-lá, pôr ela na boca e não se preocupar com seu verdadeiro gosto ou sua escondida cor.

Tristeza, ao contrário, é de beleza duradoura, que a gente sente mas vê, grita mas ouve o eco, prova mas analisa o sabor, passivamente e ativamente diante de sua coreografada ação. E diante dessa beleza e profundidade nós embebedamos, nos intoxicamos...exaltados e afoitos na tentativa de retirar dela toda a sua carga sensorial, num brado criativo em que o corpo é o limite.

Digo isso, mas não sei, nem nada afirmo... talvez simplesmente não seja.

Sim, talvez tristeza não tenha beleza ou profundidade alguma... nem nada para falar. Seja isso apenas sensações - ruins, por sinal. E diante dessa experiência desagradável, o homem no seu instito, queira apenas fugir dela, utilizando de beleza, interpretações ou placebos criativos.

E não estariam assim, tristeza e beleza, feias, belas, profundas ou não, agindo como mecanismos de vida... e de morte?!...(que enquanto a vida nos recompensa e paralisa, a tristeza nos instiga e move)

Certamente, contudo - e não me abstenho em dizer que- se felicidade fosse plena, não sairíamos do útero, e se tristeza não tivesse fim morreríamos também fadigados e impotentes. Uma e outra, na sua temporalidade e necessidade - nos motivando e recompensando, e fazendo isso que a gente chama de vida mover)

E,

enfim...

será que felicidade não seria então morte que a gente sente aos poucos

... e tristeza, motivo que a gente pega para viver e lutar pela felicidade?

Vivendo para morrer...

PS- tentei ser objetivo a princípio, em vão. Talvez ao falar de coisas assim, que tem como única certeza eterna dúvida, seja indispensável a subjetividade. Subjetividade como os homens, suas sensações e suas opiniões.

Sunday, July 10, 2005

Se for ler,..leiam o texto anterior( q está melhor!!!

Anacolutos...

*Enfim, sobrevivi ao pau de arara (e ao ronco infernal do passageiro do meu lado) e cheguei de viagem. Minas, minhas minas, vai ser longe assim lá no Morro do Quiabo!!..aff, mas eu te amo ainda sim, e se não a amo como deveria, amo quem aí esta- e isto basta!

*Em meio a mais uma pesquisa em vão (do concurso q já tô considerando em vão) o telefone toca. Não reconheço quem é.
Sujeito oculto: Não sabe quem eu sou?
EU: Harley, Otavio, Rodrigo ( já q é para brincar de "guess who " sejamos rápido!)
Sujeito oculto: Um... começa com Alê.
EU:Alexandre!!!.. dou um sorrisin cínico comme il faut. Me chamou de burro, porra!...Só conheço um ALÊ-xandre, porra! Alevino q não seria!!!!

Tô numa época de vó... escuto tdo embassado, distante, igual.. Penso q o única voz estranha nesse momento está sendo a minha...

*Festinha pós telefone idiota. Encher o caneco de graça, rever velhos amigos, chorar, abraçar, confessar " q saudade"... motivos suficientes para eu sair do meu mofo. Então, fui.
Realmente lá estava a festa como previa - os amigos sumidos todos lá, a Brama gelada e for free mesmo, o povo animado...mas em meio a toda aquela cena, q há tempos não via - estranheza!
O saudosismo e a emoção simplesmente não vieram - e nem Eu, acho. Não estava ali, nem em lugar nenhum. Todos me olhando, acenando, e eu procurando onde eu estaria.
Então fui e peguei uma cerveja..talvez com um pouco de alccoll, melhoraria, ou pelos menos alguns sorrisos amarelos deveriam sair. Não sairam!
Os minutos foram passando e eu continuava não sei onde...
Seria o longo tempo q não os via? O cansaço da viagem? Não sei...estava ali mais uma vez com minhas idiossincrasias, densidades...sozinho.

*Reflexões- não é a primeira, nem a segunda vez de momento blasé em festas..acho q já perdi as contas...ou acho q já nem sei a ultima festa q realmente prestou( para mim, digo). E nem falo do dia-a-dia( já se habituou com sua insignificância...) Não sei quando isso vai parar, talvez volte a pensar na idéia do analista...mas a única certeza q ainda tenho é q a cada dia q passa sei menos, sinto menos, vivo menos... como já havia dito, vida inanimada, inerte, perdida - nem feita, nem vista.

*Deixe eu parar por aqui..antes q isso vire um muro das lamentações ou um divã!
E como disse...LEIA O OUTRO TEXTO...ISSO AQUI NÃO PASSOU DE UM DESABAFO!