Há algum tempo me pergunto se são realmente minhas as palavras que digo. ( na verdade acho que essa dúvida me acompanhou a vida inteira). Mas, bem, houve uma época que tinha certeza que sim, mesmo que às vezes elas soassem roucas, distantes, difusas..
É claro que às vezes não tinha a intenção que fossem as minhas, como qualquer outro ser social assim também o faz - então vomitava meia dúzia de orações sem sentido e tratava de terminar logo aquele diálogo, com a certeza de estar as "verdadeiras" guardadas num canto... quietas e mudas.
Mas, enfim, o mundo mudou (por mais piegas e usada que possa parecer essa citação...) e todas aquelas conversas na porta da escola, aquelas horas no telefone, aqueles cochichos ao pé do ouvido deram lugar para os scraps, os emails, os chats. A comunicação não só transferiu-se maioritariamente para os signos visuais, como também aumentou colossalmente.
E logo, diante dessa (in)evolução comunicativa...
...tive a certeza que não tinha mais certeza alguma sobre aquilo que dizia. Impotente, já nem sabia/sei mais distinguir as minhas poucas palavras que sobraram em meio esse lamaçal comunicativo.
No afã de expressar, de se integrar, de pertencer a esse mundinho ilusório ...eu falo, eu sinto, eu rio, eu choro...teclando, dizendo, enviando mensagens, sons, imagens, smiles, freneticamente na sede angustiante de se comunicar...de comunicar por comunciar...
comunicar e não dizer nada.
Horas e horas perdidas...as palavras criando seus próprios mundos, relações e seres de vento e sopro.
E eu aqui, sentado,
só.
Ponto.
PS- E quer saber? Hora alguma ri, falei, senti ou chorei...os smiles que o fizeram, só os smiles....
Considerações...
Tenho que dizer que tento no blog inverter essa relação, tirando da lama as poucas palavras que me restam, tentando. E que caiba aos chats da vida o meu direito ao inútil, ao descaso, ao foolish comunication. Ou não....rs
Contudo
Nesse momento, se quer ouvir algo, não sou (estou) mais que um bicho cego e melancólico, mergulhado num copo de éter, tentando esquecer suas incertezas...enfim, nada suficientemente agradável para um chat.
É claro que às vezes não tinha a intenção que fossem as minhas, como qualquer outro ser social assim também o faz - então vomitava meia dúzia de orações sem sentido e tratava de terminar logo aquele diálogo, com a certeza de estar as "verdadeiras" guardadas num canto... quietas e mudas.
Mas, enfim, o mundo mudou (por mais piegas e usada que possa parecer essa citação...) e todas aquelas conversas na porta da escola, aquelas horas no telefone, aqueles cochichos ao pé do ouvido deram lugar para os scraps, os emails, os chats. A comunicação não só transferiu-se maioritariamente para os signos visuais, como também aumentou colossalmente.
E logo, diante dessa (in)evolução comunicativa...
...tive a certeza que não tinha mais certeza alguma sobre aquilo que dizia. Impotente, já nem sabia/sei mais distinguir as minhas poucas palavras que sobraram em meio esse lamaçal comunicativo.
No afã de expressar, de se integrar, de pertencer a esse mundinho ilusório ...eu falo, eu sinto, eu rio, eu choro...teclando, dizendo, enviando mensagens, sons, imagens, smiles, freneticamente na sede angustiante de se comunicar...de comunicar por comunciar...
comunicar e não dizer nada.
Horas e horas perdidas...as palavras criando seus próprios mundos, relações e seres de vento e sopro.
E eu aqui, sentado,
só.
Ponto.
PS- E quer saber? Hora alguma ri, falei, senti ou chorei...os smiles que o fizeram, só os smiles....
Considerações...
Tenho que dizer que tento no blog inverter essa relação, tirando da lama as poucas palavras que me restam, tentando. E que caiba aos chats da vida o meu direito ao inútil, ao descaso, ao foolish comunication. Ou não....rs
Contudo
Nesse momento, se quer ouvir algo, não sou (estou) mais que um bicho cego e melancólico, mergulhado num copo de éter, tentando esquecer suas incertezas...enfim, nada suficientemente agradável para um chat.