Wednesday, June 29, 2005

Há algum tempo me pergunto se são realmente minhas as palavras que digo. ( na verdade acho que essa dúvida me acompanhou a vida inteira). Mas, bem, houve uma época que tinha certeza que sim, mesmo que às vezes elas soassem roucas, distantes, difusas..

É claro que às vezes não tinha a intenção que fossem as minhas, como qualquer outro ser social assim também o faz - então vomitava meia dúzia de orações sem sentido e tratava de terminar logo aquele diálogo, com a certeza de estar as "verdadeiras" guardadas num canto... quietas e mudas.

Mas, enfim, o mundo mudou (por mais piegas e usada que possa parecer essa citação...) e todas aquelas conversas na porta da escola, aquelas horas no telefone, aqueles cochichos ao pé do ouvido deram lugar para os scraps, os emails, os chats. A comunicação não só transferiu-se maioritariamente para os signos visuais, como também aumentou colossalmente.

E logo, diante dessa (in)evolução comunicativa...

...tive a certeza que não tinha mais certeza alguma sobre aquilo que dizia. Impotente, já nem sabia/sei mais distinguir as minhas poucas palavras que sobraram em meio esse lamaçal comunicativo.

No afã de expressar, de se integrar, de pertencer a esse mundinho ilusório ...eu falo, eu sinto, eu rio, eu choro...teclando, dizendo, enviando mensagens, sons, imagens, smiles, freneticamente na sede angustiante de se comunicar...de comunicar por comunciar...
comunicar e não dizer nada.

Horas e horas perdidas...as palavras criando seus próprios mundos, relações e seres de vento e sopro.

E eu aqui, sentado,


só.

Ponto.

PS- E quer saber? Hora alguma ri, falei, senti ou chorei...os smiles que o fizeram, só os smiles....


Considerações...

Tenho que dizer que tento no blog inverter essa relação, tirando da lama as poucas palavras que me restam, tentando. E que caiba aos chats da vida o meu direito ao inútil, ao descaso, ao foolish comunication. Ou não....rs

Contudo

Nesse momento, se quer ouvir algo, não sou (estou) mais que um bicho cego e melancólico, mergulhado num copo de éter, tentando esquecer suas incertezas...enfim, nada suficientemente agradável para um chat.

Thursday, June 23, 2005

vejo o nada

Enfim não é apenas mais uma dúvida, mais uma indagação obtusa ou mais uma especulação idiota, enfim agora eu sei ... agora eu sei - sou cego. Sim, cego - a miopia não passou de um prognóstico falso.

E agora me espanto e rio até - quantas vezes me perguntei qual era então a cor da meia que vestira aquele dia, ou se já era noite o dia escuro!!! Quantas!!! Inocente- a cegueira já era total, e mal eu sabia que esses olhos já não valiam para nada.

Tenho que dizer, porém, que, SIM, JÁ ENXERGUEI UM DIA. Poucas vezes, confesso, mas enxerguei. Talvez aquele dia após um bom e gelado banho numa tarde de verão, eu deitado sobre o lençol macio, imberbe, livre, limpo fitando a mim mesmo e àquela imagem numa contemplação contente. Ou talvez naquela viagem, madrugada fria, chuvosa, eu no carro enrolado com uma manta fina, observando, contenplamdo - contente. Era quando enxergava aquilo tudo...
...e não só com os olhos - mas com o corpo, todas aquelas cores, texturas, formas, sentindo, olhando, gravando... aquela tênue imagem de felicidade.

Com o tempo, esses olhos que ainda tenho já não me prestavam mais, quando eu já não corria mais atrás de carrinho de corda ou pulava de galho de árvore. A infância tinha passado, os amigos de meninice estavam longe e a única coisa que eu me animava a fazer era ficar parado. Inerte perdendo tempo e pensamento com os castelos que o futuro me traria ou os prazeres que logo teria. Tempo perdido. Por mais entusiasmado que tente estar a única coisa que consigo sentir e gritar é " não valeu para nada". Estava eu na completa obscuridade e o pensamento perdido em qualquer lugal.

Os anos passaram e os castelos sederam lugar para os textos nunca escritos, as pinturas sem cores, as peças mudas... enfim, os milhões de lapsos criativos que nunca sairam além do vazio da minha cabeça. E a cegueira continuava a mesma.... O mundo com todas as suas formas já estava esquecido na minha rotina de cego e a mente viciada no ópio do meu próprio e inútil mundo. Vida inerte, inamimada e perdida - nem feita, nem vista.

Contudo, ainda que me chegue por apenas alguns segundos raio de visão, posso ter certeza de olhar para mim e ver apenas escuridão.

Quero enfim, que a minha mente esteja vazia como sempre deveria estar.
Que a minha criação se conclua, ou que a criatividade não mais exista.
E quero muito, contudo, que meus olhos estejam bem cheios... cheios de imagens, formas, cores, e de VIDA.

Monday, June 13, 2005

o q deveria ter sido....

O texto que deveria ter sido postado ontem!!!!

THATS' IT...outra crise depressiva, outra faxina e outro profile no paraíso dos textos inúteis! aff...já descobri minha vocação - ter crises!

Não tem pessoas que colecionam latinha de refri?- estudam a historia das latinhas, criam comunidades das latinhas, leilões das latinhas, bacanais das latinhas...eu coleciono crises!

Td bem q minha obsessão não chega a tanto e o máximo q eu to tentando fazer eh um blog para externar essa minha realidade bipolar maniaca depressiva transtornada obsessiva..ufa!

É claro q não é soh sobre crises existenciais....talvez nem fale sobre issu...talvez...aff..não sei...somente É ( na busca incessante e inútil pelo sentido!!!
"the foolish manager"

Obs: fiquei quase duas horas tentando escrever essa merda de descrição do blog - inutilmente! Acabei colocando um poeminha niilista meu para dar as boas vindas às moscas no primeiro post.
Depois fui para o "orkut comunnity inutility corportation" deixar um recado convidando todos os fieis seguidores quando - a porra do texto que agora vós recebeis baixou em cinco minutos!!!
Moral da história: escrever é uma questão de santo, compre pinga e farofa para o seu baixar sempre!!!


....E a vida continua
Defintivamente não cabe aqui ( nem em lugar algum!) falar da podridão da segunda- estafante-feira! Mas definitivamente tenho que dizer que pior que uma segunda feira atribulada, é uma segunda- feira inútil! O barulho do onibus correndo longe, o sol amargo invadindo o quarto e você amarelando na sua cama azeda, enquanto pensa - eu deveria, eu tinha, eu ia...
Você não entende ou não quer entender porque está agora deitando inerte na sua velha cama enquanto o mundo está em plena explosão lá fora...mas no fundo sabe que tudo foi por causa de um temido "daqui a pouco eu acordo".
Agora não tem mais jeito, o horário já passou, o dia já correu e até seu desgraçado sono não mais se encontra. Mais um dia inútil na sua vida.Você está sozinho, é só você e a louça suja para lavar...

Sunday, June 12, 2005

e eis q a caravana paça e o palhaço tá no banheiro com a macaca

Ode ao fútil
ao luxo
ao inútil
á leveza

Ode ao complexo
ao desconexo
ao indébito
e ao singular

Ode ao cool
ao cú
ao hype
e ao blasé

Ode ao flash
ao trash
ao chic
e ao nada

E ao nada.

Ainda não me alienei da minha última crise existencial depressiva -so, o manisfesto ou manual de instrução desse bla, bla, bosta virá quando eu melhorar...ou qdo quiser enfim! (nossa hj to denso, hein?!..rs.

Momentinho mammy, i wanna be paulo coelho :
"ESCOLHA NEM QUE SEJA A VIOLÊNCIA, PIOR É QUEM NÃO ESCOLHE NADA!"
escritor do laranja mecancia.. adolo! ;)
é isso.

PS - to be continued...pra sua náusea!..rs